Popular Posts
-
Um dos problemas mais comuns em propaganda é o mau uso da crase (coisa que não acontece no anúncio aí de cima, em que ela está corr...
-
Gabriel Perissé, em seu excelente texto “Oços do Ofíssio”, lembrou que Monteiro Lobato costumava dizer que a tarefa do revisor é das mais ...
-
Ri horrores com este Tumblr descoberto na semana passada. O Sei Lá Como Se Escreve "cata" preciosidades das redes sociais. Sabe qu...
-
De todos os materiais que li sobre o assunto, um me parece o mais sintético e prático para salvar a vida de quem quiser se adequar às nova...
-
Ontem eu coloquei no Twitter uma dúvida que deixou todo mundo de cabelo em pé e com vontade de correr para a aula de Língua Portuguesa. Ou ...
-
Agora você pode mandar seus trabalhos e pedir os orçamentos diretamente pelo e-mail novo do Bureau: bureaudetextos@gmail.com Estamos esp...
-
Lauda é a unidade de cobrança utilizada em nossos serviços de texto. Seguimos o critério definido pela JUCESP (Junta Comercial do Estado de...
Blogger templates
Blogger news
Blogroll
About
Blog Archive
Pages
Tecnologia do Blogger.
Categories
- Crase (1)
- Jobs (1)
- News (1)
- Novo acordo ortográfico (1)
- Revisão de texto (2)
- Se (1)
Quem / Who
Marcadores / Categories
- Crase (1)
- Jobs (1)
- News (1)
- Novo acordo ortográfico (1)
- Revisão de texto (2)
- Se (1)
Blogger templates
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Ontem eu coloquei no Twitter uma dúvida que deixou todo mundo de cabelo
em pé e com vontade de correr para a aula de Língua Portuguesa. Ou
correr dela.
Enfim, o caso, que mais parecia um problema matemático, estava no seguinte texto:
Quando se têm valores / Quando se tem valores
E aí? Têm ou tem?
Para resolver a "questã" a gente tem primeiro que entender o valor do "se", pois ele vai determinar o que acontece com o verbo.
E, dentre algumas possibilidades, ele poderia ser pronome apassivador, que significa que "o sujeito é paciente" (adoro essa explicação), ou pronome de indeterminação do sujeito, quando não sabemos quem fez o quê.
Há dois tipos de voz passiva. A analítica e a sintética. É justamente na sintética que aparece o pronome apassivador, como em "vendem-se casas", "consertam-se sapatos". Sim, o verbo aparece sempre flexionado nesses casos, porque "casas são vendidas" e "sapatos são consertados".
Já no caso de sujeito indeterminado, o verbo nunca é flexionado: "falou-se de muitas coisas" (quem falou? não importa). O problema é que o sujeito indeterminado só aparece quando o verbo for transitivo indireto, quer dizer, quando exige uma preposição antes do complemento, ou quando for intransitivo (sem complemento).
E o verbo "ter" é transitivo direto. Rá.
Então voltamos para a primeira opção. Ok, se valores vira o "sujeito" da ação (que no caso não é uma ação), ao transformarmos a voz passiva sintética para a analítica a oração ficaria "valores são tidos". Achou estranho?
Aqui você pode ler um pouco mais sobre o problema e note, nesta outra matéria, que a autora usa o verbo flexionado ("É dada preferência ao uso da inicial maiúscula quando se têm enumerações longas").
Porém não faltam exemplos também da forma singular, nessa terra de ninguém que é a internet.
Achei uma tabela bem funcional para diferenciar o papel do "se" nesses dois casos. Dê uma olhada aí e faça a sua aposta.
Update: a Academia Brasileira de Letras acaba de responder a essa questão (para quem ainda estava na dúvida). É voz passiva mesmo.
Enfim, o caso, que mais parecia um problema matemático, estava no seguinte texto:
Quando se têm valores / Quando se tem valores
E aí? Têm ou tem?
Para resolver a "questã" a gente tem primeiro que entender o valor do "se", pois ele vai determinar o que acontece com o verbo.
E, dentre algumas possibilidades, ele poderia ser pronome apassivador, que significa que "o sujeito é paciente" (adoro essa explicação), ou pronome de indeterminação do sujeito, quando não sabemos quem fez o quê.
Há dois tipos de voz passiva. A analítica e a sintética. É justamente na sintética que aparece o pronome apassivador, como em "vendem-se casas", "consertam-se sapatos". Sim, o verbo aparece sempre flexionado nesses casos, porque "casas são vendidas" e "sapatos são consertados".
Já no caso de sujeito indeterminado, o verbo nunca é flexionado: "falou-se de muitas coisas" (quem falou? não importa). O problema é que o sujeito indeterminado só aparece quando o verbo for transitivo indireto, quer dizer, quando exige uma preposição antes do complemento, ou quando for intransitivo (sem complemento).
E o verbo "ter" é transitivo direto. Rá.
Então voltamos para a primeira opção. Ok, se valores vira o "sujeito" da ação (que no caso não é uma ação), ao transformarmos a voz passiva sintética para a analítica a oração ficaria "valores são tidos". Achou estranho?
Aqui você pode ler um pouco mais sobre o problema e note, nesta outra matéria, que a autora usa o verbo flexionado ("É dada preferência ao uso da inicial maiúscula quando se têm enumerações longas").
Porém não faltam exemplos também da forma singular, nessa terra de ninguém que é a internet.
Achei uma tabela bem funcional para diferenciar o papel do "se" nesses dois casos. Dê uma olhada aí e faça a sua aposta.
Update: a Academia Brasileira de Letras acaba de responder a essa questão (para quem ainda estava na dúvida). É voz passiva mesmo.
Marcadores:
Se
|
0
comentários
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Um dos problemas mais comuns em propaganda é o mau uso da crase (coisa que não acontece no anúncio aí de cima, em que ela está corretamente empregada). É que no fundo ninguém conhece a fundo a função deste "fenômeno" da língua, que acontece quando a preposição a se junta com o artigo feminino a.
Regras:
1) A primeira coisa a fazer para descobrir quando usar a crase é fazer uma substituição em que se possa usar o artigo no masculino. Se na nova frase a junção transformar-se em ao (que chamo de versão masculina de à), haverá crase.
Veja: Para cada almoço de negócios, faça um jantar ao som de Edith Piaf.
Trocamos à luz de velas do anúncio acima por ao som de Edith Piaf.
É por isso que não se usa crase diante de palavra masculina. Portanto, pagamento à prazo está errado! Prazo é palavra masculina e neste caso nem pede artigo. A exceção fica por conta dos casos em que haja subentendida uma palavra feminina, como por exemplo Salto à Luís XV (à moda de Luís XV).
É possível também fazer a substituição pela expressão para a, especialmente em casos de lugares:
Foi à França (foi para a França).
Voltou a São Paulo (voltou para São Paulo).
Deu o livro à amiga (para a amiga).
Note que não se usa crase com nomes de cidade, a menos nos caso em que se atribui uma qualidade a ela:
Vou a Curitiba.
Voltaria à Paris dos apaixonados.
2) Casos específicos:
- sempre que se determinam as horas:
Das 8 às 9, à meia-noite, às 10h30.
- nunca com dias de semana:
De segunda a sexta.
3) Demonstrativos e relativos:
- nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo (e derivados):
Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu-se àqueles livros. / Não deu importância àquilo.
- Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos:
Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis
o rapaz ao qual você se referiu).
4) Antes de verbos, NUNCA se usa crase:
Começou a cantar.
5) Diante de alguns pronomes, nunca se usa crase:
Pediram a ela que saísse.
Ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual:
Peço ajuda a alguém.
6) Sentido genérico:
Há casos em que se poderia usar a crase, porém, quando o sentido é amplo, não específico, não se usa o artigo. Então o que resta é somente a preposição a.
Não damos ouvidos a reclamações.
Havendo determinação, porém, a crase é indispensável:
Não damos ouvidos às reclamações indevidas.
7) Casos opcionais:
- Antes do possessivo:Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia.
- Antes de nomes de mulheres:
Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não.
- Com até: alguns gramáticos aceitam a crase com a preposição até. Porém a substituição pelo masculino (Foi até "ao" clube) causa estranhamento (são duas preposições mais o artigo). Por isso, a opção sem crase é menos polêmica:
Foi até a praia.
8) Locuções como as seguintes têm crase:
Às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera, à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à queima-roupa e outras locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição linguística o exija.
Fonte: Manual de Redação e Estilo, O Estado de S. Paulo.
Marcadores:
Crase
|
0
comentários
Ri horrores com este Tumblr descoberto na semana passada. O Sei Lá Como Se Escreve "cata" preciosidades das redes sociais. Sabe quando você não sabe como se escreve? Melhor pesquisar. Haha.
Pra rir um pouco, clique aqui.
Pra rir um pouco, clique aqui.
Marcadores:
News
|
0
comentários
Assinar:
Postagens (Atom)